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Coeficiente de atrito, qual a importância para as embalagens?

O que os olhos não veem, nossos equipamentos determinam.

Coeficiente de Atrito em Embalagens

Coeficiente de Atrito em Embalagens

Um dos parâmetros importantes a se considerar ao definir o material ideal para uma embalagem é o coeficiente de atrito e acredite, não é uma tarefa simples:  é preciso considerar as características do produto a ser embalado e pensar em toda a cadeia de produção, transporte e armazenamento.

Coeficiente de atrito

Você já parou para pensar que a embalagem ideal permite que várias unidades sejam empilhadas, com ou sem produto, sem que escorreguem? E que isso é feito ainda no local de produção da embalagem, durante o transporte, no uso da embalagem pelo cliente, no transporte com o produto já armazenado, na exposição no comércio e, por fim, pelo consumidor final?

Mas o que faz com que as embalagens não escorreguem?

Toda superfície possui rugosidade, decorrência natural da presença de picos e vales. A composição química do material utilizado também exerce influência: quanto mais forte a interação entre as moléculas da superfície, menor a tendência ao movimento relativo entre elas.

À essa força que “impede” o movimento entre duas superfícies dá-se o nome de atrito. A força de atrito é sempre paralela ao plano de contato das superfícies e tem sentido contrário ao movimento. Aqui vale lembrar que a presença de carga estática, a idade do material e o processo de fabricação também são fatores que interferem no atrito.

Coeficiente de atrito estático e dinâmico

Existem dois tipos de atrito: o estático e o dinâmico (ou cinético). O primeiro é a resistência ao início do movimento entre dois corpos e o segundo, a resistência à continuidade do movimento. Na maioria dos casos o atrito estático é maior que o dinâmico, mas para alguns materiais plásticos essa relação pode se igualar ou até mesmo se inverter.

Agora, vamos começar a falar em coeficiente de atrito ao invés de força de atrito, já que essa última é a propriedade que conseguimos medir experimentalmente. É importante lembrar que essas duas variáveis são diretamente proporcionais ou seja, quanto maior a força de atrito, maior é o coeficiente.

Um coeficiente de atrito estático muito baixo é responsável pela instabilidade do empilhamento, devido ao deslizamento. O atrito dinâmico tem importância na maquinabilidade de filmes. Você pode adicionar aditivos deslizantes que diminuem o atrito, mas essas substâncias com o tempo se movem para a superfície da embalagem, alterando o coeficiente de atrito.

Você deve estar se perguntando: como medir o coeficiente de atrito (cof) da minha embalagem?

O método comum consiste na medida do coeficiente de atrito utilizando um bloco e um plano inclinado ou não. Quando se deseja medir o cof entre o metal do plano e a embalagem, envolve-se apenas o bloco com o material. Para encontrar o cof da interação embalagem x embalagem, recobre-se também o plano onde o bloco irá percorrer com o material.

Lembre-se de posicionar corretamente as amostras da embalagem no equipamento, já que a face externa pode apresentar interações diferentes quando comparada à superfície interna. Para garantir um teste confiável é indispensável que a embalagem seja manuseada pelas bordas, evitando assim a contaminação da superfície a ser testada. Também é necessário que não haja rugas ou vincos.

Aumentando gradativamente a inclinação do plano, chega-se a um ângulo no qual o movimento de inicia, o que permite encontrar o coeficiente de atrito estático. Ao diminuir progressivamente o plano de inclinação, o movimento cessa em um determinado ângulo cujo valor está relacionado com o coeficiente de atrito dinâmico.

Conclusão: 

Para essas avaliações, é indicado a utilização de um equipamento confiável e com a manutenção em dia, já que qualquer falha desse parâmetro irá impactar diretamente o desempenho da sua produção.  Caso precise de ajuda para identificar qual o melhor equipamento para a sua necessidade, entre em contato conosco, temos uma linha completa de Coeficiente de Atrito.

Por Raquel Cristina Affonso

FAQ

Perguntas frequentes sobre Coeficiente de Atrito

O coeficiente de atrito é uma medida da resistência ao movimento entre duas superfícies em contato. Ele é fundamental para garantir que as embalagens não escorreguem durante a produção, transporte, armazenamento e até mesmo na exposição no comércio. Um coeficiente de atrito adequado garante a estabilidade no empilhamento das embalagens.

O atrito estático é a resistência ao início do movimento entre duas superfícies, enquanto o atrito dinâmico (ou cinético) é a resistência à continuidade desse movimento. Na maioria dos casos, o atrito estático é maior que o dinâmico, mas em alguns materiais plásticos essa relação pode se inverter.

O coeficiente de atrito é medido utilizando um bloco e um plano, que pode ser inclinado ou não. O teste envolve medir o ângulo no qual o movimento da embalagem começa (coeficiente de atrito estático) e o ângulo em que o movimento cessa ao diminuir a inclinação (coeficiente de atrito dinâmico). É importante que as amostras sejam manuseadas corretamente para evitar contaminação e garantir a precisão do teste.

Um coeficiente de atrito adequado é essencial para garantir a estabilidade das embalagens durante todas as etapas da cadeia produtiva. Se o coeficiente de atrito estático for muito baixo, pode ocorrer deslizamento e instabilidade no empilhamento, afetando a segurança e eficiência do transporte e armazenamento.

Ao realizar os testes, é crucial utilizar um equipamento confiável e bem calibrado, manusear as amostras pelas bordas para evitar contaminação, e garantir que as superfícies das amostras estejam livres de rugas ou vincos. Esses cuidados são essenciais para obter resultados precisos e assegurar que o material da embalagem atenda aos requisitos de estabilidade e segurança.

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