Nesse texto vamos te contar a importância de evitar a oxidação da sua embalagem plástica flexível e também como fazer isso!
A oxidação em embalagem plástica flexível é um processo no qual o material se deteriora devido à exposição ao ar e à luz solar. Por consequência, características importantes das embalagens são alteradas, podendo ocorrer perda de propriedades mecânicas, mudança na aparência superficial e na coloração.
Isso pode levar a mudanças no sabor, cor e odor dos alimentos armazenados, além de comprometer a integridade dos produtos. Além disso, a oxidação pode levar à liberação de substâncias químicas potencialmente nocivas para a saúde humana e ambiental.
As manifestações técnicas típicas da oxidação são chamadas de “fenômenos de envelhecimento”, enquanto os efeitos da oxidação, como os citados no parágrafo anterior, são denominados “degradação”.
Mas quando a oxidação se inicia?
A oxidação pode ocorrer durante todo o ciclo de vida do material, desde as etapas de fabricação e estocagem até ao seu uso final. A suscetibilidade à essa reação depende principalmente da sua composição química, mas também varia de um material a outro, além de estar sujeito a outros fatores como a espessura, a densidade e a presença de aditivos.
As embalagens plásticas flexíveis mais suscetíveis à essa reação são aquelas feitas de polímeros termoestáveis, como o polietileno de baixa densidade (LDPE) e o polipropileno (PP). Já materiais como o polietileno de alta densidade (HDPE), o polipropileno de alta densidade (HPP) e o policloreto de vinila (PVC) são resistentes, por terem estruturas moleculares mais complexas.
Fatores como a temperatura elevada de processamento, a radiação ionizante, a luz ultravioleta, o estresse mecânico e o ataque químico promovem a oxidação da embalagem. Como não é possível remover o oxigênio atmosférico, a solução para se evitar esse tipo de reação é a adição de antioxidantes.
Você sabe qual antioxidante escolher para o seu material?
O tipo e a quantidade de antioxidante que deve ser adicionado dependem da composição dos materiais que serão empregados e de qual será a sua aplicação final. Atualmente, dois tipos são comercializados:
- Antioxidantes doadores de hidrogênio (DH): atuam no começo do processo de degradação, interrompendo as reações de propagação. Funcionam doando um átomo de hidrogênio para neutralizar os radicais livres que causam a oxidação. Alguns exemplos são os polifenóis com impedimento estérico e as aminas aromáticas secundárias.
- Antioxidantes decompositores de hidroperóxido: atuam regenerando os antioxidantes primários que foram degradados e evitam a formação de radicais livres. Podem ser fosfatos, fosfitos, sulfetos e sais metálicos de dialquilditiocarbamatos e ditiofosfatos.
Em geral, a combinação de antioxidantes primários e secundários é mais eficaz na prevenção da oxidação do que o uso de um único tipo de antioxidante. Isso porque atuam em conjunto, criando uma barreira mais forte contra a oxidação.
É importante notar que ainda assim, nenhuma embalagem é completamente imune à oxidação, e que as condições de armazenamento e uso ainda desempenham um papel importante na vida útil das embalagens.
Será que existe alguma desvantagem na utilização de antioxidantes em embalagens plásticas flexíveis?
Alguns cuidados devem ser tomados na escolha do antioxidante a ser utilizado, sendo necessário lembrar que pode ocorrer reação com outros aditivos presentes na formulação da embalagem, o que pode causar mudanças em seu desempenho. Também pode haver a migração desses compostos para os alimentos ou bebidas armazenadas.
Agora você sabe porque o uso de antioxidantes é tão importante na hora de formular a sua embalagem plástica flexível. Além de conservar as características do material, também protege o produto acondicionado de reações indesejadas. Apesar disso, todo cuidado é pouco: leve sempre em consideração as outras substâncias que serão adicionadas e armazene seu material longe da exposição solar e de altas temperaturas!